Calma, respira!

9 de novembro de 2017 by

“Toda pergunta espera uma resposta. Sim, pra mim você é incrível! Não tenho dúvidas quanto a isso. Não tenho dúvidas sobre o nosso amor. Esse homem incrível está cansado, precisa de colo, um pouco confuso. Mas é normal. Todo mundo passa por momentos assim. Calma, respira, eu estou aqui.”

 

Senhora do Destino

17 de maio de 2017 by

Não sou a Maria do Carmo, mas os anos vem me proporcionando maturidade para tornar-me senhora do meu destino. Péssimo trocadilho não é mesmo? rs

Durante a vida, inconscientemente, tomamos decisões que visam seguir o que a sociedade espera de nós, ou tentar alcançar objetivos que idealizamos.

Pois bem, o Fantástico Mundo de Bob sempre habitou minha cabeça. Confesso que poderia já ter criado dezenas de novelas, séries e filmes, dos mais diversos gêneros, com situações e com a vida que idealizei. Crio problemas e eu mesma resolvo, mudo pessoas, situações, vivi uma vida quase paralela.

Nessas situações sempre consegui salvar pessoas amadas, mudar o mundo, e ser o meu melhor. Mas a vida não é assim, não é mesmo? E a frustração com a realidade se torna imensa.

A não ser que um dia eu torne rentável tudo que vivi nesse universo paralelo, ele de nada me serviu. Apenas me ajudou a criar expectativas inatingíveis.

Ok, não vou desmerecer totalmente. Essas horas e horas que passava sob esses devaneios, me trouxeram momentos de alegria e satisfação que muitas vezes a vida não proporciona. O que você sente talvez vendo o final da novela ou de uma série, eu crio a minha.

Pois bem, tomo consciência de que não quero mais seguir o que me é imposto. Já sei também que meu mundo fantasioso não irá existir. Dizem que a crise dos 30 nos traz isso. Quero saber o que eu gosto, quais meus talentos, para que vim nessa vida, qual meu propósito, o que me faz feliz? Não leia isso de uma maneira depressiva, interprete de uma maneira empolgada, quase desbravadora e aventureira.

A princípio me veio a ideia de uma folha em branco. Mas não acredito nisso. Posso não saber responder agora todas as perguntas que fiz mais ali acima, mas sei do que não gosto, o que me faz mal. Tenho meu passado, minha criação, o contexto que me cerca, e porque não dizer, a trajetória que minha alma percorreu até aqui. O que faz da folha já não em branco.

O autoconhecimento é importantíssimo para que possamos assumir o controle consciente das escolhas que fazemos.

Difícil? Muito! Mas quem disse que seria fácil?

To be continue…

 

Auto-Crítica

10 de maio de 2017 by

A Auto-crítica é aquela amiga que só faz bem de vez em quando. Em encontros rápidos ela te traz o bom senso, o desejo de melhorar, progredir. Mas quando torna-se integrante do seu lar, a convivência é dura, enérgica, controladora, cansativa e desgastante, tal qual ela é.

Nunca se é boa amiga suficiente para ela, e essa busca por algo que não se sabe o que é, ou alguém que não se sabe quem, parece nunca ter fim.

Ao passo que, quando unida a Ansiedade, torna-se uma amizade cruel. Você se disponibiliza cada vez mais, ela te solicita ainda mais, e o satisfatório parece nunca chegar.

Essa reDSC08448lação doentia acaba refletindo nas demais. A sensação de ser analisado, julgado e avaliado duramente, por todos ao seu redor. A busca por satisfazer as expectativas de tantos, sem saber sequer quais são elas. Como atingir algo imensurável ou imaginário?

Sem essa possibilidade convive-se diariamente com a sensação de estar inferior as expectativas ou as metas. Algo frustrante, cansativo e totalmente concreto.

É sentir-se condenado sem julgamento, é sentir-se humilhado sem sentença, é sentir-se de castigo sem travessura. Prisioneiro de si mesmo.

E aquela Alma Leve fica bem distante. Como se não quisesse misturar sua imagem com alguém tão aquém, tão mal visto.

Nessa relação tão cansativa, quando se decide que essa amizade não lhe faz feliz, e por fim decide cortar laços, descobre-se  então que a Auto-Crítica tornou-se um espelho. Vejo nas pessoas a dureza que tenho comigo. A rudez com que me trato. A falta de amor e cuidado que não tenho comigo.

Como livrar-se de si mesmo?

Uma dose de amor-próprio, por favor!

8 de maio de 2017 by

DSC08270 A vida não anda tão leve e relaxante como essa paisagem das nossas férias na Bahia.

Com os 30 anos já quase batendo a minha porta, a maré subiu, ficou turbulenta, as ondas maiores do que eu pudesse dropar.

A Ansiedade é minha amiga mais antiga, e fez questão de acompanhar minha vida bem de perto. Em alguns momentos rimos juntas, em outros vivemos aventuras, e em tantos chorei, e ela ficou a me observar.

Sempre estive rodeada de muitas pessoas, como boa geminiana, acelerada e passional para viver a vida. Mas não tive muitos amigos. O Amor-Próprio? Talvez tenhamos nos visto poucas vezes. Achei por muito tempo que era culpa da Empatia, minha amiguíssima, e sua mania de se colocar no lugar do outro, da Sensibilidade talvez, e o observar contínuo para o outro, ou por fim, talvez tenha sido a rígida Auto-Crítica, que por ser tão amiga da Ansiedade, acabou tornando-se de casa também.

Rodeada dessas amizades, o tempo foi passando, e as pegadas na areia foram aumentando ao lado das minhas.

Minha saudosa e amada amiga Alma Leve, essa que sempre está comigo em lugares como este na Bahia, nas minhas andanças por Minas Gerais, num passo solto da dança, num riso frouxo, numa deliciosa melodia, num olhar encantado. Ela foi se afastando… afastando…… e quando percebi, perdi seu contato.

Diz o terapeuta que tudo isso é culpa minha, porque não cultivei amizade com o Amor-próprio. Ele e a Alma Leve sempre andam juntos.

Acho que ainda dá tempo de procurar por ele, ainda que difícil seja essa busca, pois não o encontro nas redes sociais, não tem e-mail, nem sequer telefone. Tenho tentado então reestabelecer ligação com a Alma Leve, e quem sabe em algum desses encontros, revejo o Amor-Próprio.

Seria tão mais fácil, nesse mundo enlouquecido, se no mercado pudéssemos comprar. – Me dê uma dose de amor-próprio, por favor?

 

 

 

 

Carta aberta aos filhos Maria Luiza e João Pedro

8 de maio de 2017 by

Anivers†rio Jo∆o Pedro 4 anos_fb-3Meus amores,

Amanhã será um novo dia, de um novo tempo que começará. Mamãe voltará a trabalhar, e não será mais home office.
Pepe talvez a mamãe se levante antes de você acordar. E não me encontre para abraçar na cama e dizer que já acordou. Que quer ir para sala ver tv. Quando ficávamos momentos intermináveis embrenhados um ao outro, enquanto você soltava as risadas mais gostosas, e dizia sem contexto que me amava, que era sua linda. Fecho os olhos e posso sentir o delicioso cheirinho do seu pescoço.
Malu, sei que minha mocinha entende melhor a situação, e de uma maneira encantadora e silenciosa está mais agarrada com a mamãe nestes últimos dias. Minha bela adormecida, talvez acordará quase na hora de ir para a escola, e neste dia sentirá menos minha ausência. Talvez acorde cedo, e eu não esteja para contar seus sonhos, ou comemorar pelo fato de ter dormido a noite toda na própria cama. Mas espero que durante nossos papos você tenha entendido, e sentido, que a mamãe não vai embora como disse na primeira vez. Que não vou te largar sozinha. Que estaremos sim juntas, e ainda mais. Guardando momentos do dia para conversarmos a noite. Maneiras que vou procurar de demonstrar que lembrei de ti, e que de alguma maneira estava presente em meu dia.
Filhos, foi indescritível esse tempo que passamos juntos. Confesso que lá no começo mamãe teve medo de não ser boa o suficiente. Que aquela mulher independente e agitada não saberia ficar em casa e cuidar de vocês da maneira que mereciam. E vocês me ajudaram tanto. Me ENSINARAM TANTO. Me amaram tanto. E acho que consegui. Consegui lembranças e momentos que são nossos. Espero que eles estejam em vocês tanto quanto marcaram em mim. As idas e voltas da escola. Contos e conflitos que juntos íamos evoluindo. Musicas e danças no carro. Uma mamãe que os surpreendia e os fazia rir, quando pessoas nas ruas nos olhavam felizes e cantantes.
Sim, tivemos momentos MUITO cansativos, estressantes, e que a mamãe tinha vontade de sair andando e não olhar para trás. Mas nesses momentos também conversávamos e vocês se desculpavam. A mamãe também.
Mas agora sinto que consegui. Sinto que do meu jeito, da minha maneira, sou mãe. E vou continuar sendo. Não deixarei de ser porque vou trabalhar. Agora aprenderemos novas lições. Pepe você crescerá, talvez se casa, talvez tenha filhos, precisa entender que as mulheres são independentes e ativas socialmente, e isso não faz delas menos maternais. Você terá de fazer sua parte dentro de casa, pois também é de responsabilidade sua. Malu quando crescer espero que tenha ai guardado, VOCE PODE SER O QUE QUISER! Pode decidir ser dona de casa, pode não se casar, pode viajar o mundo, pode ter filhos ou não, pode trabalhar, ser independente, pode! Vocês só devem uma coisa, serem felizes!
Ainda teremos esses momentos, PROMETO! Não serão dentro daquela rotina com a qual se acostumaram, mas teremos!
Mamãe e papai pensaram e pensaram e quebraram a cabeça para que pudessem sentir-se o mais confortável possível com essas mudanças. Os horários, com quem vão ficar, como vão a escola, e o quanto mais rápido estaremos juntos no final do dia.
E aí? Prevejo chuva de histórias, e falatórios na mesa do jantar!
Esse amor gigante que transborda a alma e escorre em meus olhos agora, é de vocês! E sempre será!
Espero que possam se orgulhar de mim!
De quem os ama mais do que a si mesma, MAMÃE!

Essa carta foi escrita em 17 de Janeiro de 2017.

Terapia, ativar!

18 de novembro de 2016 by

Eu voltei. Não sei se agora é para ficar. Mas sempre soube que aqui, escrevendo, é o meu lugar!

A vida mudou e mudou. Acelerou tanto que não consegui acompanhar.

Foram tantas coisas que não caberiam aqui, você se cansaria, e provavelmente não tenho caracteres suficientes.

Resolvi voltar a fazer terapia. Fazer terapia significa ter um tempo só pra mim. Ter um espaço. Um respiro.

A ideia é organizar as ideias. rs

Acho que minhas angústias não são tão diferentes de tantas mulheres. Por isso, resolvi compartilhar aqui. Tentarei dividir meus pensamentos, mudanças (que pretendo!), dividir e somar experiências.

Por isso, vou adorar se você comentar. Senta, puxa a cadeira…

 

De volta e revolta.

29 de março de 2012 by


Estou de volta. Pois aqui é meu lugar! Não sei se agora é para ficar, já que a vida me mostrou por quantas transformações ela pode passar. 

Leio meus posts antigos, e relembro com doçura e riso coisas pelas quais passei. E cada fato me ajudou, acrescentou e ensinou algo para ser o que sou hoje. 

Mas nenhum deles me transformou mais, do que ser mãe dessa menina linda, aqui ao lado. 

Maria Luíza, Malu, como a chamamos, está com 1 ano e 2 meses. Já anda e descobre o mundo por suas próprias pernas, mãos e olhar.  Fala pouco, mas sabe se impor e transmitir o que deseja. Desde uma insatisfação, um sarro ou sacanear o bisavô que está mancando, ao mancar ao seu lado, sem que ninguém a tivesse estimulado. 

Hoje, minha vida tem sido tomada pela Malu como atriz principal, e talvez por isso, quase todos os meus assuntos a contém. Tento me policiar, pois imagino que pode ser chato para quem está ao meu redor. Não falar dela é calar-se.

Um presente que recebi. E ainda procuro fatos que me façam tão merecedora. É carinhosa, educada, comportada, inteligente, linda, meiga e angelical. Conquista a atenção de todos por onde passa. E nos deixa envaidecidos com cada elogio que recebe. 

Sou assim, tudo que construí, e ainda mais, quem recebi para estar ao meu lado.

A vida está revolta, as prioridades mudaram de ordem, as cores estão em outros lugares, e a felicidade, essa a tenho todos os dias.

A melhor maneira de ver como a vida passa, é observar uma criança. Em um ano aprendem a olhar o mundo, tocá-lo, vê-lo mais de perto, reconhecê-lo, interagir, se alimentar dele, desvendá-lo, e comunicar-se. E você? O que aprendeu em um ano?

 

Roda-gigante

27 de maio de 2011 by

A vida é um ciclo, composto por centenas de micro-ciclos. Alguns com importância maior, e outros que passam e nem percebemos. Óbvio? Talvez. Mas nem sempre paramos para pensar nisso, o que nos ajuda a compreender algumas coisas, ou pode chamar de refúgio também.

Dia primeiro termino um ciclo de quase  simbiose com a Maria Luiza. Pela primeira vez, passaremos muitas horas separadas. E olha que já são mais de 12 meses grudadas, todos os segundinhos do dia. Desde sua concepção, nascimento, noites, dias, amamentação, troca de fraldas, passeios, e a descoberta de um mundo novo. Descoberta dela, e minha.

Sabe aquele lugar comum “muito ensinei, mas muito mais aprendi”? É real, e peço licença para usá-lo aqui.

Estamos na fase de adaptação. No primeiro dia apenas fui ao banco e voltei. Mas já parecia uma eternidade.

Hoje, o Márcio levou na casa da mãe dele [local onde a babá vai cuidar da Malu], e vou buscá-la após o almoço.

Segunda-feira será o dia todo, mas vou lá umas duas vezes para acalmar o coração. Na terça, ficarei em casa a espera de qualquer necessidade, dela e minha. E quarta-feira iniciaremos um novo ciclo.

Ela com seus desafios. E eu com os meus.

Tenho certeza que chegaremos em breve ao topo da roda-gigante, com aquele friozinho gostoso na barriga. Porém, com a certeza de que a vida é uma delícia.

Eu, com meu novo trabalho. Aprendizado, desafios e expectativas. E a Maria Luiza, sem peitinho o dia todo, sem cheirinho de mãe, e com um mundo para descobrir sob os cuidados de um outro alguém, e o olhar mimoso da vovó Bete.

Ter a Malu durante quase nove meses na barriga foi divino. Passar 4 meses grudadinha com ela foi ver Deus a cada manhã, e agradecer a Ele todo final de noite.

Agora vamos lá. Quem chora sou eu. Os medos são meus. E ela me ensina com aquele sorriso gostoso, que está tudo bem. E com aquela mão pequenina segura firme na minha, e me mostra que dará tudo certo.
Obrigada Maria Luiza, por me ensinar mais essa lição. Amo você!

Ainda somos os mesmos e vivemos como nossos pais !!!

11 de abril de 2011 by

E ai pessoal …

Tudo bem ?

Faz tempo que não passo por aqui, podem imaginar a razão?

Sim uma bebê, trabalho, contas, preocupações diversas , tudo isso toma muito tempo. Mas não esqueci desse lugar que serve para contar um pouco como tudo anda.

Amanhã nossa linda bebezinha completa 3 meses, e podem acreditar muita coisa, ou melhor tudo em nossas vidas está mudado. Desde o momento de acordar, até a hora de dormir, são inúmeras mudanças e algumas delas nos traz muito cansaço, mas também prazeroso e cada dia vai aumentar.

A Lívia está muito cansada, o que é absolutamente normal, é de tirar o chapéu a entrega que ela tem perante a nossa bebezinha, não existem palavras nem presentes que possam recompensá-la. Mas é muito bom que ela saiba que tudo anda perfeitamente, e que não há ninguem nesse mundo, que eu tenha mais admiração e amor!

Um dia nossa bebêzinha vai ouvir, ler ou ficar sabendo dessa nossa história … e com certeza irá se orgulhar de ter uma mãe tão especial e dedicada!

Quanto a nós casal, estamos nos adaptando, cada dia está melhor e tenho certeza que nossos medos e anseios servirão de combustível para acelerarmos ainda mais !!!

Somos um trio invencível !! Ninguém poderá nos deter!!!

 

Famiília unida e feliz, cada dia é melhor que o outro!!!

 

 

 

 

Mãe, minha mãe!

22 de março de 2011 by

Faz tempo que não passo por aqui. Não é por falta de vontade, ou de assuntos para dividir com vocês. A culpa é do tempo. Da falta dele. Dois meses de dedicação total a Maria Luiza.

É uma delícia, mas não é fácil.

Quando faço algo me dedico por inteira. Sou rígida com o mundo e comigo. Isso é claro que tem seus pontos positivos e negativos.

Existem mães que nessa fase já levam a vida muito próxima ao que era antes. Eu não. Não consigo. Não me sinto no direito de deixar minha filha com ninguém para me distrair, por exemplo. O que dizem ser fundamental.

Esse fato tem tornado a necessidade de volta ao trabalho um purgatório.

Nessa hora e em todas as outras minha mãe tem um papel fundamental.

Nunca tive relação melhor com ela, como tenho hoje. Conversas, desabafos, risos, e tardes inteiras de companheirismo. No choro da Malu, nos sorrisos, vacinas, e questões de uma mãe de primeira viagem.

Ela é incrível. Amorosa. Trata a neta com um jeitinho especial, que me aquece o coração.

Benevolente. Ela me escuta nos dias de cansaço, medos e dúvidas.

Carinhosa. Sabe dar puxões de orelha sem machucar.

Dedicada. Se preocupa até com a quantidade de água que bebo.

Eu poderia continuar o alfabeto inteiro para elogiar e descrever minha mãe. Mas não é preciso. Uma palavra é suficiente. MÃE.

O que dizer de quem não está trabalhando para passar ao meu lado essa fase inicial e repleta de anseios e medos. Tem gente que passa isso sozinha? Tem. Claro que se vira, e até acredito que crie bem o filho. Mas ter a mãe por perto é muitooooooo melhor.

Obrigada por tudo, pelas ausências nas horas certas, pela presença, pelo apoio e amizade.

 

Dona Tânia, amo você!